Terça-feira, 28 de Fevereiro de 2006
Entra na minha pele como uma brisa de verão
Afasta-me o cabelo como se de um respirar se tratasse
Sente-lhe o aroma de fruta fresca sumarenta....
Sexta-feira, 24 de Fevereiro de 2006
Preciso do veludo
Dos teus cílios
Da maciez e da audácia
Do teu cheiro
Da embriaguez
Que vem de tua cálida boca...
Preciso de te tocar...
Preciso de voltar
A ouvir
O som....
Do teu corpo........
Benquerer
Segunda-feira, 20 de Fevereiro de 2006
Na melancolia dos teus olhos Sinto a noite inclinar-se Nos frios espaços dos teus braços Perco-me em carícias de água E durmo escutando em vão... Na sem-forma das ondas redondas Sou náufrago entregue ao fluxo forte... Da morte................. Benquerer
Quinta-feira, 16 de Fevereiro de 2006
O teu cheiro, pelo meu sangue A tua voz, as tuas palavras A minha boca pelos teus lábios Tudo o que pode haver no mundo E que no entanto és só tu... Paixões incontroláveis Infinitas.... No rascunho da tua pele....
Segunda-feira, 13 de Fevereiro de 2006
Tu, em corpo
Teu corpo claro e perfeito,
Teu corpo de maravilha,
Quero possuí-lo no leito
Estreito da redondilha...
Teu corpo é tudo o que cheira...
Rosa... flor de laranjeira...
Teu corpo, branco e macio,
É como um véu de noivado...
Teu corpo é pomo doirado...
Rosal queimado do estio
Desfalecido em perfume... Teu corpo é a brasa do lume... Teu corpo é chama e flameja Como à tarde os horizontes... A água clara que serpeja, Quem em antigas se derrama... Volúpia de água e chama... A todo o momento o vejo... Teu corpo... a única ilha Teu corpo é tudo o que brilha, Teu corpo é tudo o que cheira... Rosa, flor de laranjeira... Benquerer
Quinta-feira, 9 de Fevereiro de 2006
E é a pele, o limite que separa o prazer do nosso corpo, do que o rodeia. Quando a paixão é tanta que não cabe nas mãos, E se solta pelos olhos... Quando a entrega é sair de mim, E a dádiva é respirar o teu cheiro ... As flores abrem sem as vermos... O mar... cresce sem que o notemos ... E o céu... escurece enchendo-se de sóis!
Terça-feira, 7 de Fevereiro de 2006
Esboço de : C O
Voltei... Meu amor, vem comigo, de mãos dadas... Por veredas de outrora e, de mansinho, Revivamos as ternas madrugadas Entre trigais, urze e rosmaninho... Repara que as papoilas encarnadas Que o vento move, em louco remoinho, São beijos e carícias fecundadas Por nosso amor, ao longo do caminho... Tal como o tempo, o rio passa e corre Corre também o nosso amor que nunca morre Porque amar é estar sempre à tua espera. Esvai-se o dia? Vem outro alvorecer. Vai-se o Inverno e torna a renascer A flor que eu sou na tua Primavera...
Domingo, 5 de Fevereiro de 2006
(Anouk - Michel)
Sinto o teu indicador desenhar o meu seio, Percorrendo a pele suave do mamilo ... Mil explosões de prazer ! Mil desejos que pedem para serem saciados... Mil promessas cumpridas...
Sexta-feira, 3 de Fevereiro de 2006
Esboço de : C.O.
2003
Vago como os crepúsculos do estio, Treme a ternura, como sobre um rio Treme a sombra de um bosque silencioso. Quando, nas alvoradas da alegria, A sua boca húmida floresce, Um rosto de anjo, límpido, radiante... Mas, aí... sob esse angélico semblante mora e esconde-se uma alma de mulher desfolha os sonhos de que vivo Como atirando ao vento fugitivo As folhas sem valor de um malmequer...
Benquerer
Quarta-feira, 1 de Fevereiro de 2006
Lanço-lhes desafios de terras distantes. Onde as luzes são quentes, Caminhos se dobram e desdobram , Acordo com o teu sorriso, (Será que alguém reparou na viagem que fazemos?) Tudo se comporta como se nada se passasse Baixo os olhos e recordo... No toque das nossas pernas,